Disciplina: Módulo III.I.

Área Científica:

Ciências Médicas

HORAS CONTACTO:

40 Horas

NÚMERO DE ECTS:

5 ECTS

IDIOMA:

Português

Objetivos Gerais:

No final do semestre, o aluno deverá ser capaz de demonstrar estar sensibilizado para a importância dos seguintes aspetos nos diversos contextos do exercício profissional (hospital, centro de saúde, e comunidade):

Pessoa humana em função da sua individualidade, resiliência e vulnerabilidade na saúde e na doença.

Perspetiva multicultural para reconhecer, compreender e respeitar a diferença na sociedade.

Competência do futuro médico, nomeadamente no que concerne à comunicação, relação, ética e cultura científica.

Atuação do futuro médico enquanto clínico, educador e agente de progresso na sociedade.


Responsabilidade do futuro médico, reconhecendo o impacto da sua intervenção na pessoa e no seu contexto.

Conteúdos / Programa:

Os conteúdos foram definidos com vista à prossecução dos objetivos definidos e organizam-se em torno de quatro grandes áreas temáticas sempre consideradas numa perspetiva de responsabilidade global:

1. Pressupostos básicos da profissão médica assentes em três dimensões fundamentais: o ser pessoa, o ser médico e o ser doente, que serão abordadas com um enquadramento multidisciplinar de caráter filosófico, sociológico, antropológico, psicológico, económico, ecológico e político

2. Fundamentos da intervenção médica polarizada em três aspetos fundamentais: O saber, o saber fazer e o saber estar, com a especificação das principais áreas da intervenção clínica - prevenir, cuidar, curar e paliar - bem com a referenciação das várias funções do médico, atual e futuro, enquanto clínico (cuidados primários, secundários, terciários), educador, investigador e gestor. O ato médico num contexto individual e de grupo ao longo da vida

3. Responsabilidade médica na intervenção clínica e de cidadania, na sua interface com a justiça, com a educação e com o ambiente

4. Desenvolvimento pessoal e profissional ao longo da vida.

 

Bibliografia / Fontes de Informação:

Fernandes, J.F. (2009). ?Confiança: a relação médico-doente e a medicina de
hoje? in Nó Górdio ? a cumplicidade escondida. (pp. 65-75). Lisboa: Almedina;

Barbosa A. (2010). Sofrimento. In A. Barbosa & I.G. Neto (Eds.) Manual de
Cuidados Paliativos, 2ª Ed. (pp.563-593). Lisboa: Núcleo de Cuidados
Paliativos/Centro de Bioética/Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa.


Eric J., Cassel M.D. (1982). The Nature of Suffering and the Goals of Medicine.
The New England Journal of Medicine, Vol. 306 (11, 18 Mar), 639-645.

Declaração Universal dos Direitos do Homem (1948, 10 de Dezembro ?
adoptada e proclamada pela Assembleia Geral da ONU na sua Resolução 217ª
(III).


Carta dos Direitos e Deveres dos Doentes (1968) ? No quadro legislativo da
Saúde são estabelecidos direitos mais específicos, nomeadamente na Lei de
Bases da Saúde (Lei 48/90, de 24 de Agosto) e no Estatuto Hospitalar
(Decreto-Lei n.º 48 357, de 27 de Abril).


Carta dos Direitos do Doente Internado ? especificação da Carta dos Direitos e
Deveres dos Doentes, publicada pelo Ministério da Saúde e posteriormente,
pela Direcção-Geral da Saúde e pela Comissão de Humanização.

Gawande, A. (2009) Ser Bom Não Chega. Ed. Lua de Papel.
Domingues, N.E.. Branco, J.C. (2008). Viver Com Fibromialgia. Lisboa: Ed.
Gradiva.


Kleinman, A. (1988). The illness narratives: suffering, healing and the human
condition. (pp. 88-99). New York: Basic Books.

Barbosa, A., (1999). A comunicação com o doente terminal. In J. Gomes-Pedro,
A. Barbosa (Eds): Comunicar: Na clínica, na educação, na investigação e no
ensino superior. (pp. 69-77). Lisboa: Departamento de Educação
Médica/Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa.


Corney R. (1996). O Desenvolvimento das Perícias de Comunicação e
Aconselhamento na Medicina. (pp. 16-24; pp. 39-46). Lisboa: Climepsi.
Enelow, A.J., Forde, D.L.. Brummel-Smith, K. (1999). Entrevista Clínica e
Cuidados ao Paciente. (pp. 23-45). Lisboa: Climepsi.

Antunes, J.L. (2002). A Cidadela em Memória de Nova Iorque e Outros Ensaios.
(pp. 38-52). Lisboa: Gradiva.

Conn, N., Baba, G., Shoob, D., Youcha, V., Rab, S., Thomas, C., Obey, R.,
Spitzer, A. (2003). Family perspectives on prematurity. Journal of Zero to
Three, 24 (2); 31-37.

Servan-Schreiber, D., (2010). Anti cancro, Uma nova maneira de viver. (2ª ed.)
Lisboa: caderno.

Charon, R. (2006). Narrative Medicine. Oxford University Press.
Denis Gill, Niall O?Brien (1998). Paediatric Clinical Examination, Churchil
Livingstone.


Howells RJ, Davies HA, Silverman JD, Archer JC, Mellon AF. Assessment of
doctor?s consultation skills in the Paediatric setting. Arch Dis Child 2010;95:323-9


Stivers T. Physician-child interaction: When children answer physicians'
questions in routine medical encounters. Patient Educ Couns. 2011 Aug 2.

 

 

 

Métodos e Critérios de Avaliação:

A avaliação final que atesta a concretização dos objetivos definidos para o Módulo III.I é expressa numa classificação de 0 a 20 valores, com base nos seguintes parâmetros:

Parâmetro

Classificação

Nível de concretização

   A - Avaliação em grupo

   Seminário de partilha

0

Não entrega /Não cumpre os objetivos/Não aprovado

3

Cumpre basicamente

4

Nível Bom

5

Nível muito bom

  B - Avaliação individual

   Trabalho de Campo/Relatório

0

Não entrega /Não cumpre os objetivos/Não aprovado

3

Cumpre basicamente

4

Nível bom

5

Nível muito bom

   C ? Avaliação individual

    Exame Final

0

Não entrega /Não cumpre os objetivos/Não aprovado

4

Cumpre basicamente

7

Nível bom

10

Nível muito bom