Data de publicação: 08/10/2025

CQM junta-se ao INL em plataforma europeia para o desenvolvimento de novos chips semicondutores

O Centro de Química da Madeira (CQM) estabeleceu uma parceria com o INL – International Iberian Nanotechnology Laboratory para integrar a plataforma europeia de investigação INFRACHIP. A INFRACHIP é uma plataforma de investigação europeia dedicada ao desenvolvimento sustentável da próxima geração de chips semicondutores. Através da INFRACHIP, os investigadores podem aceder gratuitamente a tecnologias de ponta instaladas em várias partes da Europa.

O CQM participa nesta iniciativa com o projeto Heteroatom-doped and co-doped CDs: characterization, que foi recentemente selecionado por um painel europeu para integrar esta plataforma. Esta parceria permitirá aos investigadores do CQM envolvidos no projeto, aceder a conhecimento altamente especializado e a tecnologias de ponta em microscopia eletrónica e de raios X disponíveis no INL, que são ferramentas fundamentais para a caraterização estrutural e morfológica de nanomateriais de carbono, em particular dos pontos de carbono (carbon dots). Estes nanomateriais, constituídos maioritariamente por carbono, mas podendo também conter átomos de oxigénio e/ou azoto, apresentam propriedades óticas únicas e elevado potencial para aplicações biomédicas, nomeadamente em bioimagem. No CQM, os pontos de carbono estão a ser desenvolvidos no âmbito do projeto de doutoramento do investigador junior Ivo Martins, denominado Fluorescent Carbon dot-cored dendritic polymers a novel cancer theranostics nanoarchitectures, financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (Ref. 2021.05990.BD) e supervisionado pelo Professor Catedrático do Departamento de Química da Universidade da Madeira e membro senior do CQM, João Rodrigues.

Os primeiros resultados desta colaboração já permitiram a observação e identificação de novas nanoestruturas de carbono, encontrando-se em curso estudos complementares de caracterização estrutural e bioquímica. Estes trabalhos visam abrir caminho a novas aplicações destes materiais, não só no domínio dos novos chips, bioimagem, mas também em processos catalíticos de elevado interesse científico e tecnológico.